Escorregas, infiltras, escoas,
pelos orifícios de minha alma
e te aninhas como claridade
nos meus recantos mais obscuros...
Insistente, a tua palavra me chama
e ecoa, nos meus fundos mais fundos,
abissais,
reverberando boas novas
fazendo promessas de paz
Que toda essa doçura que conjuras
se reverta em ti, força coragem,
bálsamo aos teus delicados pés.
Que tua semeadura seja fértil
que o cansaço não te colha
e que mesmo sem o merecer
eu possa
de te receber, preciosa
toda a luz que tu me trazes.
beijo-te sempre com os beijos da minha boca
digo-te sempre as
palavras que são só para você
porque te beijo sempre com os beijos que são só teus
e te falo sempre na paz que também é tuaquarta-feira, 31 de maio de 2006
Escorregas, infiltras, escoas,
pelos orifícios de minha alma
e te aninhas como claridade
nos meus recantos mais obscuros...
Insistente, a tua palavra me chama
e ecoa, nos meus fundos mais fundos,
abissais,
reverberando boas novas
fazendo promessas de paz
Que toda essa doçura que conjuras
se reverta em ti, força coragem,
bálsamo aos teus delicados pés.
Que tua semeadura seja fértil
que o cansaço não te colha
e que mesmo sem o merecer
eu possa
de te receber, preciosa
toda a luz que tu me trazes.
beijo-te sempre com os beijos da minha boca
digo-te sempre as
palavras que são só para você
porque te beijo sempre com os beijos que são só teus
e te falo sempre na paz que também é tuasegunda-feira, 29 de maio de 2006
SORTILÉGIO
Um dia uma cigana leu a minha mão.
Guerreiro? - Sorte nas armas;
desgosto no amor.
Num trejeito de ombros
com desconfiança assenti.
Eu era jovem e o coração,
pulsava forte em meu peito.
Arengas de velha, conclui.
Muitas lutas em campos estranhos
lutei. Por tênues fios tive a
vida presa. Sempre venci.
Sorte nas armas!
Em estratégias cuidadosas,
em planos bem traçados,
por sina, como leão pelejei.
Louros acumulei e Pelo poder
não me deixei seduzir.
Eu sempre venci! Fui magnânimo
para com os vencidos...
Hoje ha muito, o sol cruzou
a linha do meio dia, da minha vida
e a muitas mulheres conheci.
Troféus de vitórias as vezes,
generosas e sinceras em outras
ocasiões.
Brincadeiras de intervalo
entre um momento e outro
da eternidade.
Uma só vez, de coração disparado
lutei sem vontade de vencer.
Uma flexa perdida me atingiu,
depus as armas e me entreguei.
Por amor sofri e ainda hoje sofro.
A esta derrota amargo, em
um coração cansado
que as vezes parece querer desistir,
Um dia uma cigana leu
a minha mão.
Guerreiro?: Sorte nas armas
desgosto no amor!
Eu deveria ter acreditado!
domingo, 28 de maio de 2006
Carpe diem...
sexta-feira, 26 de maio de 2006
Lanterna dos Afogados: poemicídios e outras mortes!
bóia farol meta em desespero tudo puxa para o fundo dos abismos o mais banal dos instintos rege por total o ser salvar-se para encontrar ponto de apoio sobre-viver emerso ao custo do assassinato do poema quem se importa fazer da palavra poema coisa tão banal constranger as musas deixar em maus lençóis a poesia tratá-la sem pudor mero suporte socorro coisa palavra usada nos ritmos cardíacos renais venais do corpo em desespero que não quer morrer legitima defesa gosto gorduroso da vida
terça-feira, 23 de maio de 2006
Venha meu amor, Venha comigo, mas venha devagar: na noite deslizemos, para não acordar as estrelas. Conheçamos companheiros, os mistérios mais profundos de Deus tornado homem e mulher. Eu te dispo. Tu me despes. E nossa nueza crua assim tão nua, brilha mais do que a lua. Venha meu amor; devagar bebamos a doçura que dos olhos, este momento mágico exala. Eu te quero e tu me queres, mas não nos movamos; que assim tornados estátuas perpetuamos segredos, continuamos no gesto de minha mão
segunda-feira, 22 de maio de 2006
Delicadas as fronteiras
dos mundos em que habito
e que, de um lado para o outro,
sem perceber transito.
Neles as coisas podem ser e não ser
quase ao mesmo tempo,
a depender somente
das escolhas que fazemos,
das cores que escolhemos,
para cobrir a matéria fina do pensamento.
Porque o que parece importar
as vezes não tem importância própria.
Mero pretexto, cenário ou trama,
para exercitar o verdadeiro drama
de se fazer escolhas e aprender com elas...
O que será de nós, Ó minha senhora,
que de escolha em escolha nos enredamos,
se delas perdermos os seus sentidos,
e esquecidos dos seus verdadeiros motivos,
nos distraímos com aquilo que elas parecem ser?
Sublime então o desafio de viver
ao mesmo tempo sustentando
o gosto das escolhas que fazemos
e o fazer das escolhas que gostamos...
Sendo ao mesmo tempo, ator e autor,
da peça que vivendo escrevemos...
Representando os sentidos
que quaisquer outros,
outros poderiam ser
mas, que, sendo estes aqueles que escolhemos,
nos fazem definitivamente ao vivê-los,
eternamente responsáveis pelo que vivemos...
O que será de nós minha senhora,
é coisa que eu não sei...
Mas eternamente nós seremos,
responsáveis pelo que vivemos,
e pelas escolhas que fazemos.






