
Rio 4O°
Solitário, nos arcos da Lapa,
A puta pediu:
Vem gozar comigo, vem !
Vem gozar comigo, meu bem !
E eu, até que queria, ir com a puta,
gozar com a puta.
Não com a puta que pediu,
Mas com a puta que me viu...
Junho de 1999 - Rio.
bóia farol meta em desespero tudo puxa para o fundo dos abismos o mais banal dos instintos rege por total o ser salvar-se para encontrar ponto de apoio sobre-viver emerso ao custo do assassinato do poema quem se importa fazer da palavra poema coisa tão banal constranger as musas deixar em maus lençóis a poesia tratá-la sem pudor mero suporte socorro coisa palavra usada nos ritmos cardíacos renais venais do corpo em desespero que não quer morrer legitima defesa gosto gorduroso da vida
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