terça-feira, 15 de agosto de 2006

ANTES DA RUÍNA FINAL... Jerusalém, Jerusalém, és hoje o corpo do próprio homem carregas no teu seio a praga da escuridão. Todo o facho se consome e só tu não te iluminas; perdida foste, desgarrada és, a vagar alienada, foges ao perdão. Jerusalém, Jerusalém, quão seduzida estás, compras e te vendes ao consumo e mergulha-te cada vez mais em sandices orgíacas em materialismos infernais. Fechas as portas a ti abertas ris e debochas do sagrado: apressa-te e cuida-te Jerusalém! Em breve para ti os portões estarão cerrados A blasfêmia mais vil gruda-te à boca como o visgo A perfídia te invade ignoras o mais tênue amor. Jerusalém Jerusalém, assim foi, assim será em teu ser danado que na insanidade persiste só a permanente e lacinante dor do estilete delgado conhecerás. Acorda Jerusalém ! Desperta neste ocaso do dia banha-te nas últimas réstias de luz: conquista a legitimidade de ser filha do Pai Que a Ele pouco importa que do inficentésimo instante, obreira de última hora, sejais. Jerusalém, Jerusalém neste último instante vislumbre a possibilidade da paz torna-te ao teu caminho e não peques mais.

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Eu que amo tanto Eu que amo tanto a solidão, hoje abomino o vazio da sua falta ... Da falta que me faz saber que você existe, que você me ama e que você me quer. E que, por isso, hoje somente hoje, não corro, portanto, o risco de ser assim tragado por ela - a solidão - a quem amo tanto, e assim não ser hoje tão só somente só como um desejo sempre.