segunda-feira, 22 de maio de 2006

transverso Delicadas as fronteiras dos mundos em que habito e que, de um lado para o outro, sem perceber transito. Neles as coisas podem ser e não ser quase ao mesmo tempo, a depender somente das escolhas que fazemos, das cores que escolhemos, para cobrir a matéria fina do pensamento. Porque o que parece importar as vezes não tem importância própria. Mero pretexto, cenário ou trama, para exercitar o verdadeiro drama de se fazer escolhas e aprender com elas... O que será de nós, Ó minha senhora, que de escolha em escolha nos enredamos, se delas perdermos os seus sentidos, e esquecidos dos seus verdadeiros motivos, nos distraímos com aquilo que elas parecem ser? Sublime então o desafio de viver ao mesmo tempo sustentando o gosto das escolhas que fazemos e o fazer das escolhas que gostamos... Sendo ao mesmo tempo, ator e autor, da peça que vivendo escrevemos... Representando os sentidos que quaisquer outros, outros poderiam ser mas, que, sendo estes aqueles que escolhemos, nos fazem definitivamente ao vivê-los, eternamente responsáveis pelo que vivemos... O que será de nós minha senhora, é coisa que eu não sei... Mas eternamente nós seremos, responsáveis pelo que vivemos, e pelas escolhas que fazemos.

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