terça-feira, 3 de abril de 2007

Eqüus II

Em pêlo me conduzes na pele pura, suas coxas quadris, me ofereço ao galope, cega cegueira, do seu corpo feminino.

Amazona dos abismos Dos precipícios, das bordas . mais frágeis , montas minha alma ,cavalga-me por baixo, por cima acoplada ao meu sexo. Fustigas o que não trago mais em mim, e domas, alucinada, perplexa, sem força, sem fôlego, o tempo e o espaço onde tudo vai se fundir. A tua boca crispada, O teu cabelo ao vento, teu grunhido selvagem de mim retira e suspende toda oposição que sustenta corcoveios, voltas, volteios toda rebeldia e toda obediência. Minha carne, domada, conquistada Se faz mansa no compasso dos ventos do teu olhar... Guerreira triunfas e ao teu gosto, a trote, me tens.

Me fazes doce, dulcíssimo monumento equestre animal vencido, todo seu. Ao qual ditas, generalíssima, ordens derradeiras num ocaso, gemido final.

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