quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Que pena!
Tanta coisa que podia ser dita, podia.
Podia, mas não foi.
E ficamos assim sem dizer.
Para onde foram elas? As coisas todas,
tantas coisas que podiam ser ditas
e que nunca foram.
E ficamos assim desconhecidos, distantes,
inexistentes um para o outro,
sem que as coisas que pudessem ser ditas
tivessem tido a chance de mudar nossos destinos
transformar as nossas vidas.
Ficamos assim,
os mesmos que eramos antes.
Do mesmo lado da rua,
em diferentes poltronas do avião,
no embaraço do espaço apertado do elevador
na lenta fila para o ingresso do cinema.
Ficamos assim, você e eu, desconhecidos e distantes, os mesmos que eramos antes, com as palavras não ditas
pregadas na boca.
Sem dizer e sem conhecer
outras palavras.

2 comentários:

Anônimo disse...

tem razão, cada dia mais falamos menos...
gostei especialmente deste post
muito bom
besos
sua irmã

Fabio A. S. Reis disse...

excelente Marcus! já coloquei em meus sites favoritos e estarei acessando de x em qdo. "Fundo de Mulher" e "Que pena" me inspiraram bastante... forte abraço.