Se nas saudades de hoje, quando recém te vi,
só de imaginar, adivinho as do amanhã
quando partirás para tão longe,
que triste panorama o meu futuro encerra!
E se na minha boca não soluça um pedido para que fiques;
não murmura a intensidade como te quero comigo
é que mantenho a ferros, agrilhoado e mudo,
o monstro egoísta que habita em mim.
Deixar voar a borboleta, consentir dividir com outros,
o esplendor dos seus azuis;
aceitar que as plantas aspirem ao sol
sem tolher a sua copa, quando esta se distancia do solo,
tudo isso exige coragem e covardia,
de um coração tensionado, entre o medo e a esperança,
quando agir ou não agir converge para uma mesma desgraça.
Mundo sem sentido, sentido sem mundo!
Corajoso e covarde, despedir-me-ei de ti
Sem um pingo de certeza de ter agido com retidão.
Moira, o destino, não poderá ser cobrado, por mim,
das conseqüências dos meus gestos sem ação.
Vá borboleta!
Cresça frondosa arvore!
A memória dos teus azuis, o frescor da sua copa altaneira
sempre me informarão de ti, sempre me lembrarão confuso,
da alegria de saber que um dia, foste minha,
e por pouco, muito pouco, não o seguistes sendo!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
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2 comentários:
gostei de ver isso aqui sendo movimentado [...]
gostei de ver isso aqui sendo movimentado [...]
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