sábado, 8 de março de 2008

Desconsolo.

Pernas cansadas, atrás das dunas, mais dunas. Tudo igual, sem destino final. Enfado, tanta areia que desliza sobre os pés, não me leva a lugar algum.

Lugar comum.

Chuva fina que cai, horas a fio. Infindável. Molha-me, mas não me lava. Escorre secular, tortura úmida, lembrança irritante que insiste em me dizer, impotente, que o sol, talvez não volte mais a brilhar.

Desesperança, matéria densa, que me constitui e me faz lama. A mim, matéria prima orgânica de fim anunciado. Oh, o fim! Certeza, que não chega ao fim. Tudo finda, menos esperar pelo fim.

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