quarta-feira, 1 de agosto de 2007

medo
Retido o saboroso fluxo por tantas duvidas e inquietações o amor se faz morte, constrição e invade o sangue que circula numa angustia que macula mete medo e me faz mal... E fica urgente saber o quanto em ti se reprime o teu desejo de saber de mim, apesar do pacto auto imposto de fazer da distância, solução. Tu te lamentas por toda essa impossibilidade? Pensas sempre em mim, minha querida? Pensas assim, no regular? Te custa e te aflige, o esforço para não pensar? Olvidar-se de toda a doçura de que sabemos compartilhar? Tens medo de me perder, nessa arriscada opção? Diga -me agora, por favor, estaríamos postos, um em relação ao outro, na mesma falta, no mesmo pesar? Se temo em ti, que se enfraqueça o teu amor, é porque temo em mim o poder e os efeitos dessa seca glacial que calcina as tenras e delicadas flores na falta do sol e na escuridão. Temo deixar de amar-te por pura incompreensão, tudo isso, um efeito de medo, pavor de um futuro onde tu não exista mais.

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