terça-feira, 20 de junho de 2006

TEIMOSIA Só o silêncio é absolutamente sincero e teimo em dizer-te que te amo Obstinadamente, teimo em dizer-te. Quando os teus ouvidos já não me podem ouvir. Quando a palavra já não tem mais poder. Quando o perdido me assombra em ecos profundos: a minha boca não cede e murmura. Quando dos corpos já esfriou o calor. Quando da tua boca flagela-me o teu não. Quando do encontro apenas a lembrança persiste. A minha boca desafia a razão e sussura. Contra mim e contra ti, contra o meu sim e o teu não, Contra a lógica implacável que em dor tão cruel separação presidiu; a minha boca rebela-se, e afoga-me em mentira. Meu amor eu te amo mil vezes eu te amo, insensatamente te digo: eu sigo te amando !

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa foi do frio na espinha!