quarta-feira, 21 de junho de 2006

INDAGAÇÃO Serei poeta? Serei poeta com tão poucas palavras? Serei poeta com versos tão esparsos? Serei poeta com tão tímida poesia? Mas se não o fosse, o que mais seria? Profeta de um apocalipse urgente? Ator de uma cena censurada? Acrobata dos trapézios indizíveis? Um caminhante para o nada...? Ademais, com que metro se mede a poesia? De quantos paus-poemas se faz a canoa para a travessia? Sim, talvez poeta. Talvez um poeta minguado, de um tempo minguante, De minguadas emoções... Talvez nem isso, mergulhado na descrença, e já cansado das canções, somente um homem que procura. (Que a procura, neste tempo, justifica tantas coisas...) E quem sabe, num soluço final, nem mesmo este consolo... Um homem apenas ! Um homem de nada, de um nada profundo, portentoso e repleto de um inédito temor, gigantesca interrogação!

2 comentários:

Anônimo disse...

Simplesmente, andarilhos!!
ps: nada mais profundo do que um nada profundo =)

Anônimo disse...

És muito mais poeta do que psicólogo, no entanto muito mais HOMEM do que poeta. Que conjugação isso pode dar se não um maravilhoso amante, não deixando de dizer tudo na hora exata.