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sábado, 29 de maio de 2010
Indagaciones
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sexta-feira, 28 de maio de 2010
OPÇÃO

Não sou poeta por escolha
Tal destino não escolhi
A poesia que brota de mim
Nasceu comigo quando nasci,
É que ficara escondida,
Como das praias conchas na areia
Paixão sofrida a revelou
Do barro do garimpo ouro na bateia.
Outra sina se eu pudesse
Certamente escolheria.
Outra, que não fosse essa:
Que na vida não fizesse versos;
Que o amor não me pregasse peças.
loteria

Duas vidas como as nossas
tal qual paralelas parecem seguir
que somente no infinito
tem a chance de se encontrar...
Ainda bem que, desmentindo essa hipótese,
já nos encontramos uma vez...
É por isso que imagino
como coisa bem possível
que, quem sabe outra vez, de novo,
a vida feita surpresa,
faz seu caminho cruzar com o meu!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Deixar partir... outra escanção..

Se nas saudades de hoje, quando recém te vi,
só de imaginar, adivinho as do amanhã
quando partirás para tão longe,
que triste panorama o meu futuro encerra!
E se na minha boca não soluça um pedido para que fiques;
não murmura a intensidade como te quero comigo
é que mantenho a ferros, agrilhoado e mudo,
o monstro egoísta que habita em mim.
Deixar voar a borboleta, consentir dividir com outros,
o esplendor dos seus azuis;
aceitar que as plantas aspirem ao sol
sem tolher a sua copa, quando esta se distancia do solo,
tudo isso exige coragem e covardia,
de um coração tensionado, entre o medo e a esperança,
quando agir ou não agir converge para uma mesma desgraça.
Mundo sem sentido, sentido sem mundo!
Corajoso e covarde, despedir-me-ei de ti
Sem um pingo de certeza de ter agido com retidão.
Moira, o destino, não poderá ser cobrado, por mim,
das conseqüências dos meus gestos sem ação.
Vá borboleta!
Cresça frondosa arvore!
A memória dos teus azuis, o frescor da sua copa altaneira
sempre me informarão de ti, sempre me lembrarão confuso,
da alegria de saber que um dia, foste minha,
e por pouco, muito pouco, não o seguistes sendo!
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