quarta-feira, 19 de julho de 2006

transverso Delicadas as fronteiras dos mundos em que habito e que, de um lado para o outro, sem perceber, transito. Neles as coisas podem ser e não ser, quase ao mesmo tempo, a depender somente das escolhas que fazemos, das cores que escolhemos para cobrir a matéria fina do pensamento. Porque o que parece importar, as vezes não tem importância própria. Mero pretexto, cenário ou trama, para exercitar o verdadeiro drama de se fazer escolhas e aprender com elas... O que será de nós, ó minha senhora, que de escolha em escolha nos enredamos, se delas perdemos os seus sentidos, e esquecidos dos seus verdadeiros motivos, nos distraímos com aquilo que elas parecem ser? Sublime então o desafio de viver, ao mesmo tempo sustentando, o gosto das escolhas que fazemos e o fazer das escolhas que gostamos... Sendo ao mesmo tempo, ator e autor, da peça que, vivendo, escrevemos... Representando os sentidos que, quaisquer outros, outros poderiam ser mas, que, sendo estes aqueles que escolhemos, nos fazem definitivamente ao vivê-los, eternamente responsáveis pelo que vivemos... O que será de nós minha senhora, é coisa que eu não sei... Mas eternamente nós seremos, responsáveis pelo que vivemos, e pelas escolhas que fazemos.

Um comentário:

Elis disse...

Caramba!!! Bom demais, moço!!