domingo, 25 de junho de 2006

A demissão do poeta. O poeta não é mais necessário. O poeta foi demitido. Cortes da reestruturação produtiva. O poeta é improdutivo. Não há mais vagas para poeta. Não há vagas no neoliberalismo. Não ha vagas no neocapitalismo. Não há vagas no neosocialismo. Não há vagas para o poeta no sistema. Em nenhum sistema . Em nenhum lugar do mundo. O poeta é improdutivo. O poeta foi demitido. O poeta não serve pra nada. Joguem o poeta no lixo. Joguem o lixo no poeta. Derramem no esgoto a sua poesia inutil. Dissolvam com ácidos todas as rimas possíveis. Sem poetas, rimas não servem para nada. Queimem todos os livros de poesia e abram uma garrafa de vinho. Um brinde à demisão do poeta! Brindemos à demissão do poeta. Brindemos cumplices ao fim da poesia. Poetas, rimas e livro de poesia não servem para nada. Brindemos ao poeta no lixo. Brindemos ao lixo da poesia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Very good article, well written and very thought out.